sábado, 10 de junho de 2023

Militantes do Distrito de Faro Bloco esquerda, 🌷⚖️🇵🇹

Todos juntos fazemos a diferença e fazemos acontecer que ninguém fique para trás, o Bloco de Esquerda tem políticas para as pessoas, SNS, HABITAÇÃO PÚBLICA COM RENDAS ACESSÍVEIS, HABITAÇÃO SOCIAL. ALOJAMENTO UNIVERSITÁRIO, EDUCAÇÃO,Lei laboral com proteção de direitos com salários dignos,para se poder pagar as contas até ao final do mês, JUSTIÇA SOCIAL, JUSTIÇA CRIMINAL E ECONÔMICO CÉLERE URGENTE. QUE SE CUMPRA A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA. 🌷⚖️🇵🇹

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sé de Faro

É um dos monumentos mais bonitos de de Faro, situando-se num agradável largo, com renques de laranjeiras, vizinho do paço episcopal, na Vila-a-Dentro. Edificada em 1251 sobre primitiva mesquita, foi elevada a Sé em 1577. A torre sineira, remodelada depois do terramoto de 1755, resulta da adaptação de uma das torres da antiga muralha e tem esplêndida vista sobre a cidade e a ria. Grande parte da decoração interior é barroca, com azulejos seiscentistas, retábulos em talha. Destaque para um órgão histórico, que data do século XVIII e é um dos mais antigos do País.

Área
201,59 km²
População
58 698 hab. (2008)
Densidade populacional
291 hab./km²
N.º de freguesias
6
Feriado municipal
7 de Setembro
Faro é uma cidade portuguesa com 41 934 habitantes, capital do Distrito de Faro, da região, sub-região e ainda da antiga província do Algarve que ocupa uma área de 4960 km² e onde residem 426 386 habitantes (2007). É sede de um município com 201,59 km² de área e 58 698 habitantes (2008), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte e oeste pelo município de São Brás de Alportel, a leste por Olhão, a oeste por Loulé e a sul tem costa no Oceano Atlântico. Através do Aeroporto de Faro, a cidade constitui a segunda maior entrada externa do país (a seguir a Lisboa), o que lhe confere uma valência vincadamente cosmopolita.

Sé Catedral

 
- Construída no século XIV, ficou parcialmente destruída com o terramoto de 1755, após o qual foram realizadas grandes obras de reparação.

- É um dos monumentos mais sumptuosos da Vila Adentro, generosamente decorado com talha dourada, embutidos de mármore, painéis de azulejos, pinturas e esculturas.

Palácio Episcopal de Faro-Sé de Faro

A Sé Catedral de Faro, também conhecida por Igreja da Sé ou Igreja de Santa Maria, é um edifício "notável" de Faro situado no largo da Sé.
Foi mandada construir, após a Reconquista cristã, em 1251 pelo Arcebispo de Braga D. João Viegas. Posteriormente foi entregue à Ordem de São Tiago.
Em 1577 tormou-se sede do assento episcopal da Diocese do Algarve, tendo poucos anos depois (1596) sido saqueada e incendiada pelas tropas inglesas doConde de Essex. Reconstruída posteriormente, os terramotos de 1722 e 1755motivaram contudo ainda outras obras. (O campanário inacabado assinala a vida atribulada do edifício.)
Destacam-se, no interior, os conjuntos de talha e o órgão, enquanto que no exterior é de assinalar a excelente vista, sobre a cidade e a ria, que é possível ter do cimo da torre sineira.

As actividades económicas do Algarve

As principais actividades económicas da região, com uma população de cerca de 340.000 habitantes (1986), o Algarve têm uma densidade populacional ligeiramente superior a metade da de Portugal. As principais actividades económicas assentavam tradicionalmente na agricultura, pesca, extracção de sal e comércio. As relações com o norte de África e com os povos do mediterrâneo sempre originaram fortes fluxos comerciais.
Os principais produtos exportados eram os frutos secos, citrinos, azeite, vinho, pescado e sal.
O turismo veio juntar-se, nos últimos trinta anos, às, principais actividades económicas e, desde então, tem provocado alterações importantes na organização especial do litoral e na estrutura produtiva regional de consequências actualmente imprevisíveis. Hoje em dia é responsável por mais de 40 % do produto bruto gerado na região.

População Activa

A evolução da população activa indica ter havido um aumento significativo do peso do sector terciário. Este sector atingiu em 1981 quase 50% da população activa  (Quadro 2 ).
A descida drástica da população ocupada no sector primário não deve ser apreciada apenas através da fria comparação dos números, São significativas as explorações agrícolas onde o empresário e os seus familiares se dedicavam a actividades exteriores á agricultura. Repara-se que, no conjunto dos produtores individuais recenseados no Algarve em 1979 (95 % dos quais são agricultores autónomos),  cerca de 53 % dedicam menos de metade do seu tempo de trabalho à respectiva exploração agrícola  (Quadro 3).
QUADRO 2

Evolução da Estrutura da População Activa do Algarve %



Sector de Actividade19601970 1981
Primário 58,9     42,224,6
Secundário22,725,027,9
Terceário 18,429,447,5



Fonte: INE.


QUADRO 3

Tempo de Actividade na Exploração Agrícola dos Produtores
Individuais no Algarve - 1979
                                                             


Tempo de actividade
Produtores  individuais   < 50%50 a < 100 %tempo completo
Número17.1197.8517.252 
   %53,124,422,5


Fonte: INE, 1979


Como vê, os agricultores que trabalham a tempo completo começam a ser pouco numerosos, tende-se assistido ao longo
da década de 70 a um abandono da dedicação exclusiva à agricultura e a uma diversificação das actividades. O grupo maioritário já é hoje aquele cuja actividade predominante se situa fora da agricultura . PIB Regional.


EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DO SUB-SECTOR  PAB NO ALGARVE EM DIVERSOS ANOS %

SUB -SECTOR                     
1956 *
1970 **
1979
Cereais   
17,2
12,3
2,2
Legumes e tubérculos 
2,9
5,0
5,4
Hortícolas  
32,9
30,6
44,3
Vinho  
3,0
4,4
2,0
Azeite    
7,4
6,8
1,9
Frutos -Total
36,3
38,7
43,2
          Secos
----
26,3
9,7
          Frescos  
----
12,4
33,5
          Outros
0,3
2,2
1,0

Fontes:
* Caldas
** Rolo, 1984

a)    Diminuição drástica do valor dos cereais, correspondendo a um abandono generalizado da SAU, dedicado a esta cultura. Nos finais dos anos 70, o rendimento médio do trigo no Algarve rondava os 540 kg/Ha.
b)    Aumento importante da população hortícola e frutícola, representando estes dois sectores quase 88% do PAB vegetal.
c)    Diminuição da importância dos frutos secos tradicionais do Algarve (amêndoa, figo, alfarroba), em benefício do s frutos frescos, nomeadamente dos citrinos.
d)    Grande redução da importância do azeite e, em menor grau, do vinho.

O turismo

O sector do turismo, tal como foi afirmado, é o responsável pela parcela maioritária do PIB regional. A dimensão deste sector tem registado, nos últimos trinta anos, um grande crescimento, admitindo-se que em 1986 a capacidade dos estabelecimentos hoteleiros atingisse 140.000 camas e lugares em parques de campismo. Este valor não inclui, porém, a enorme oferta turista baseada em casas particulares, residências secundárias, quartos em habitações de população residente, etc., que por certo duplicará a capacidade oficialmente registada. Esta, mesma assim, cresceu a um ritmo elevado (quadro 6).


Quadro 6

Evolução do Número de estabelecimentos Hoteleiros, do Números de camas Disponíveis e do movimento de Hospedes, no Algarve.

Anos19781980            1982
Números de estabelecimentos               149229248
Números de camas                             19.622        36.566         53.297
Movimentos de hóspedes                  552.090      827.831      1.154.280

Este crescimento económico regional provocou, contudo, grandes desequilíbrios no uso do território e no aproveitamento dos recursos disponíveis.

A muralha de Faro

A MURALHA DE FARO

As muralhas de Faro localizam-se na cidade de mesmo nome, em Portugal. Envolvem o núcleo urbano mais antigo da cidade, hoje designado por "Vila-Adentro" ou "Cidade Velha".

História

A sua construção remonta ao século IX, durante o reinado de Ben Bekr, um príncipe muçulmano de um pequeno reino que se tornou independente do emirato de Córdoba.
Durante o período Almóada foram erguidas duas torres albarrãs numa das entradas principais, conjunto actualmente conhecido como "Arco do Repouso].
Quando da invasão do conde de Essex (1596), o conjunto das muralhas sofreu pesados danos, tendo de imediato se iniciado a sua reparação, que se estendeu por décadas.
Posteriormente, no contexto da Guerra da Restauração, foram feitas diversas alterações às estruturas das ameias.
O terramoto de 1755 também acarretou extensos danos ao conjunto defensivo. Ao final do século XVIII, diante do avanço da piro-balística, as antigas muralhas deixaram de ter importância defensiva, sendo abandonadas. Como parte desse processo de degradação, no próprio local do antigo Castelo de Faro foi erguida, 1931, uma fábrica de cerveja, o que alterou significativamente a estrutura das muralhas.
Nas últimas décadas do século XX, esse conjunto vem sendo recuperado.

Notas

 De acordo com uma lenda local, o conjunto é assim denominado por nele ter "repousado" Afonso III de Portugal uma vez concluída a Reconquista portuguesa

Lenda da tomada de Faro aos mouros

LENDA DA TOMADA DE FARO AOS MOUROS

Parte das forças que atacaram o Castelo de Faro fora colocada no largo actualmente chamado de São Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver, em certa ocasião, a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado.  Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curtorendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso. 
À hora marcada, entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos. À hora de sair, acompanhou ela o seu querido namorado até à porta do castelo, levando consigo um irmão, criança de oito anos.
Quando se aproximaram da porta, disse-lhes o escravo que da parte de fora estava muita gente, pois que mais de uma vez lhes chegavam aos ouvidos vozes abafadas.
 O oficial, segurando nos braços a moura gentil, viu-se em eminente perigo. Avançou para fora com a moura e, quase ao transpor a porta, hoje conhecida pela Senhora do Repouso, notou que tinha nos braços não uma formosa jovem, mas apenas uns farrapos, que se desfaziam à mais pequena e leve aragem.
Olhou para o lado pela criancinha e não a viu. Então teve a profunda e tristíssima compreensão da sua desgraça. Caiu no chão sem sentidos.    
Nesse momento acudiram as forças do Mestre e de D. João de Aboim e os mouros tinham sido forçados a entregar o castelo, mediante uma avença com o Rei D. Afonso.
O oficial  dirigiu-se à porta do castelo. Ao entrar pelo Arco da Senhora do Repouso viu ao lado esquerdo a cabeça de uma criança que se assomava por um buraco.
 -O que fazes aí, menino? - Perguntou o oficial, conhecendo o irmão da sua namorada. 
 - Estamos aqui encantados: eu e a minha irmã.
  -Quem vos encantou?
-O nosso pai. Soube por uma espia que levavas nos braços a minha irmã acompanhada por mim e, invocando Allah, encantou-nos aqui no momento em que transpunhas a porta. Por atraiçoarmos a santa causa do nosso Allah aqui ficaremos encantados.
 -Por muito tempo?
 -Enquanto o mundo for mundo.

“Fez-se Faro poesia”

                             “Fez-se Faro poesia”



Embrenharam-se, renascidos, pela cidade dentro calcorreando largos e alamedas, praças e avenidas, e foram-na reconhecendo. Esta ruela uma quadra aquela rua foi soneto, rimei ambas e fiz-te poesia, e tu de mim Faro, fizeste poeta.

                                 Autor: Rui Guerreiro